Categoria: Artigos
Data: 11/05/2025

As igrejas presbiterianas têm suas raízes na obra de dois reformadores que entraram em cena depois do pioneiro Martinho Lutero. Foram eles o suíço de língua alemã Ulrico Zuínglio (1484-1531) e o francês João Calvino (1509-1564),
os quais atuaram na Suíça, o primeiro em Zurique e o segundo em Genebra. Com a morte prematura de Zuínglio, Calvino tornou-se o principal líder e teólogo do movimento. No continente europeu, as igrejas que abraçaram a
teologia e a estrutura eclesiástica preconizadas por Calvino adotaram o nome de “Igrejas Reformadas”, principalmente em países como a própria Suíça, a França, a Alemanha, a Holanda e a Hungria.


O nome “Igreja Presbiteriana” popularizou-se nas Ilhas Britânicas a partir da obra do reformador escocês João Knox (c.1514-1572), que foi discípulo de Calvino em Genebra. Eventualmente surgiram fortes comunidades
presbiterianas na Escócia, Irlanda e Inglaterra. Por meio da imigração, os escoceses e irlandeses levaram o presbiterianismo para os Estados Unidos nos séculos 17 e 18. Dos Estados Unidos, especialmente com o grande
movimento missionário protestante do século 19, as igrejas presbiterianas e o nome “presbiteriano” foram introduzidos em muitos países do hemisfério sul. Entre esses países estava o Brasil, que teve como pioneiro presbiteriano o
Rev. Ashbel Green Simonton, aqui chegado em 1859. O termo “presbiteriano” decorre do fato de que nas igrejas desse nome o governo é exercido por “presbíteros”. A

 palavra grega presbyteros encontra-se no Novo Testamento e significava originalmente “ancião”, “homem idoso”. À semelhança do que acontecia entre os judeus, também na igreja primitiva a liderança era exercida pelos membros mais experientes da comunidade, geralmente, mas não necessariamente, homens mais velhos. Eventualmente, o termo passou a ter um sentido técnico de líder da igreja e o aspecto da idade ficou em segundo plano. Assim, encontramos referências aos presbíteros em
passagens bíblicas como Atos dos Apóstolos 11.30; 14.23; 15.2; 20.17; 1 Timóteo 5.17; Tito 1.5; Tiago 5.14 e 1 Pedro 5.1. 

Também encontramos o coletivo “presbitério” ou conjunto de presbíteros em 1 Timóteo 4.14.
Portanto, seguindo o precedente bíblico, nas igrejas presbiterianas a liderança é exercida pelos presbíteros, os quais se subdividem em duas categorias – os presbíteros “regentes”, e os presbíteros “docentes”, ou seja, os ministros ou
pastores. Esses dois tipos de presbíteros tem a mesma paridade, não se constituindo em uma hierarquia. Todavia, os pastores ou presbíteros docentes exercem algumas funções privativas, como a ministração dos sacramentos. Os
presbíteros exercem as suas funções em vários níveis: localmente, no “conselho” de cada igreja; em âmbito regional, nos presbitérios e sínodos; em âmbito nacional, no Supremo Concílio.


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